NFTs são ferramentas muito poderosas para comunicação e ações coletivas em geral. Boa parte do seu potencial não foi explorado porque os protocolos de mensagem wallet-to-wallet ainda não estão prontos, como XMTP. Ou seja, protocolos que possibilitem o envio de mensagens diretamente para um endereço ou ENS.
Recentemente a Coinbase criou o NFT Stand With Crypto como m símbolo de união e apoio da comunidade cripto que busca um ambiente político menos hostil nos EUA. O NFT é composto por uma imagem de escudo que representa nossa posição coletiva para proteger e promover o potencial da indústria Web3.
Esse exemplo do Stand With Crypto é ótimo para exemplificar o potencial dos NFTs.
Diferente de NFTs artísticos, cuja imutabilidade da imagem é crucial, neste caso o token representa um movimento, uma sinalização social, portanto o visual não precisa necessariamente ser fixo.
Por isso, de tempos em tempos a empresa atualiza a imagem com um novo Qr Code que direciona sempre para algum tipo de call to action. Ou seja, NFT é uma ferramenta poderosa de comunicação e coordenação em escala. É definitivamente o principal building block para comunidades, DAOs e até Startup Societies.
Muitos projetos e empresas exageradamente ainda focam na parte de mídia (foto, desenho, vídeo) dos NFTs (que também é importante). Mas um dos principais valores dessa tecnologia está na capacidade de criar grafos sociais platformless. Você une a conexão "física" (ponto A conectado com ponto B, ou seja, dois usuários que possuem o mesmo token) com a conexão psicológica, ou seja, o que aquele NFT representa, o storytelling, a comunidade, o sentimento pertencionamento.
Hoje para criarmos uma "rede social" (grafo social), ou seja, nos conectarmos com outras pessoas, precisamos de uma plataforma1. Pode ser o facebook, o twitter ou outra qualquer. O problema é que nossas conexões existem apenas dentro dessa plataforma.
Com Blockchains nossas conexões são feitas em uma infraestrutura pública e neutra.
Portanto, tokens (NFTs) não representam apenas a propriedade sobre um ativo ou mídia. Eles indiretamente representam a conexão de vários usuários que possuem aquele token, ou seja, é a formação de uma rede social sem a necessidade de uma plataforma ou aplicativo privados.
Uma vez que essa rede foi formada na Blockchain, diversas aplicações podem ser usadas com esse grafo social já formado.
Por exemplo, posso criar um app estilo Twitter que apenas os donos do token Stand With Crypto possam participar e conversar entre si. Posso criar um grupo no telegram exclusivo para esses membros. Posso também distribuir ativos financeiros para esses membros, como criptomoedas, tokens, e, em breve, enviar mensagens.
Percebeu a diferença?
Você criou uma plataforma para uma estrutura (grafo social) já existente, sem precisar criar um "Sign up" para os usuários se cadastrarem na sua plataforma (email, login, senha), porque essa identificação já é o token e já está na Blockchain.
Portanto, o grafo social é independente de aplicação/plataformas privadas.
Vamos deixar mais concreto?
Quem está já assistiu nossas aulas sabe como mintar um token e visualizá-lo na Blockchain.
Então, se usarmos um Blockchain Explorer e procurarmos pelo contrato do NFT Stand With Crypto, vamos cair na página do smartcontract que gera cada token.
Se clicarmos sobre o Token (Token Tracker - Stand With Crypto), e depois na aba Holders, veremos todos os usuários (carteiras) que possuem aquele token. Ou seja, este é literalmente o grafo social.
Alguns, inclusive, são ENS públicos (domínios) e portanto seus donos podem ser identificados. Como o caso do Brian Armstrong que é o CEO da Coinbase (que teve a iniciativa de criar o NFT) e possui 7999 NFTs (dos +151.000 que já foram mintados até o momento da escrita desse artigo).
Algumas implicações:
1. Esse grafo social não pertence à Coinbase. Uma vez que está na Blockchain, cada usuário é dono do seu token e estará na Blockchain para sempre. Os usuários podem transferi-lo, vendê-lo e negociá-lo, mas ninguém pode tirar do ar ou bloquear a interação entre os donos.
2. Como consequência do item 1), diversos empreendedores podem criar soluções para esse grafo social, pois sabem que não será tirado do ar. Por exemplo, apps, recompensas (airdrops), conteúdo exclusivo, e assim por diante.
3. O grafo social é público. Então qualquer pessoa pode analisar dados e comportamentos daquela rede. Por exemplo, transferências, e muito em breve, troca de mensagens públicas. Isso não é possível nos sistemas fechados.
Este é o poder da Web3!
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Listas de emails podem ser considerados um grafo social plaformless primitivo, pois conseguimos nos conectar com outros usuários sem precisar de uma plataforma. Mas não temos todos os recuros de uma rede social a que estamos acostumados. Também conseguimos criar um rede com números de celular, mas ainda com uma grande dependência de empresas e plataformas, como Operadoras e Whats.