O gap entre as cidades que abraçarem a economia digital, crypto e forem pró-disrupção tecnológica daquelas que permanecerem apegadas ao status quo industrial será abismal.
Pense no gap tecnológico entre europeus e a população indígena durante o descobrimento das Américas.
Ou no gap entre países com democracias liberais e países socialistas (Alemanha Ocidental x Oriental, Coreia do Sul x do Norte, URSS x EUA, etc.).
Nenhum destes cenários chegará sequer perto do abismo entre as regiões digitais e as que relutam em permanecer com as instituições analógicas.
Uma cidade cuja população dominar energias renováveis, adotar criptomoedas abertas e descentralizadas, abraçar terapias genéticas possibilitando reversão de idade e ampliação cognitiva, dominar tecnologias biônicas, adotar governança coletiva, transparente e descentralizada, e tiver uma cultura pró inovação, será literalmente uma população de super humanos comparados ao restante do mundo analógico.
No mundo dos negócios já temos um vislumbre dessa diferença quando comparamos uma loja física com uma loja virtual como a Amazon, ou hotéis com Airbnb.
Enquanto uma cresce em passos lineares a outra cresce em passos exponenciais.
Com a maturação das plataformas digitais e das redes sociais, ficará cada vez mais fácil deste perfil de ser humano coordenar-se para fundar ou influenciar decisivamente suas cidades e até países.
No universo das criptomoedas, com Bitcoin e Ethereum, já vemos este fenômeno. Além de moedas digitais, esses projetos multibilionários são entidades políticas descentralizadas com poder de barganha e influência no "mundo real”, similares a grandes nações.
São comunidades de milhares de desenvolvedores espalhados por todo o globo unidos por uma mesma visão e construindo do zero um sistema financeiro completamente novo.
E esta mesma comunidade tem força política para persuadir e influenciar as regras do status quo, como legislações, regulações e sistemas já estabelecidos.
O futuro da sociedade não será mais influenciado por deuses ou por grandes exércitos militares.
O futuro geopolítico será completamente definido por poderosíssimas estruturas e comunidades digitais que se organizarão primeiro na nuvem, em plataformas e comunidades digitais sofisticadíssimas, para só então se estabelecerem fisicamente pelo mundo, seja através de pressão política em regiões existentes ou financiando e construindo cidades do zero.
E com isso não terão nenhum entrave para evoluírem exponencialmente se comparado ao restante do mundo.
Por isso, este é um momento fundamental para todo e qualquer apoio a projetos de inclusão digital de todos os tipos, seja educacional, infraestrutura, entretenimento e artístico.
O relapso agora custará caríssimo no futuro.
Muito mais do que podemos imaginar.