Por que o Bitcoin vale tanto?

E por que vale muito mais que outras criptomoedas parecidas?

1 bitcoin atualmente está na faixa dos U$ 60.000. O valor total de mercado (somando-se todas as moedas emitidas até o momento) é de cerca de o equivalente a U$ 1.1 trillion.

E por que seu valor é tão superior a outras criptomoedas, mesmo sendo tecnologicamente muito parecidas, como o Caso do Bitcoin Cash ou Litecoin?

Um dos conceitos mais importantes a se entender no universo de Criptomoedas Descentralizas é o fator social e tecnológico por trás do ativo. Ou seja, a comunidade responsável por desenvolver, manter, investir e inovar na plataforma.

Então, imagine que você tem interesse em comprar um terreno numa cidade nova, ainda em fase de construção.

Como irá decidir se compra um terreno lá ou não?

Você, primeiramente, vai analisar a qualidade da infraestrutura: a rede de esgoto, rede elétrica, internet, água, ruas, etc. Depois, provavelmente irá se interessar pela governança do local: como é a gestão pública, o sistema legal, as regulações, a transparência, a liberdade econômica, os impostos, etc.

Outro ponto importante a se analisar é o nível de investimento, inovação no local e o perfil dos moradores. Há um grande volume de empresas se estabelecendo na cidade? Há muitas construções? Há dinheiro circulando? As empresas são modernas ou arcaicas? Há inovação? É uma cidade inteligente com tecnologia digital de ponta? As pessoas são legais, inteligentes, pacíficas?

Tudo isso faria variar muito o valor de um lote numa cidade. Quanto menos atributos atraentes, menor o valor, e muito menor a possibilidade de valorizar esse terreno futuramente.

No mundo das criptomoedas a analogia é a mesma.

É necessário analisar a infraestrutura, ou seja, a tecnologia Blockchain usada, o método de consenso da rede para validar as transações (segurança) e de emissão de novas moedas.

Também é importante entender a governança, ou seja, qual a forma de consenso da comunidade para alterar o software.

Lembre-se, não existe diretoria para aprovar uma alteração no sistema. É necessário um mecanismo super sofisticado onde os diversos atores entram em consenso para que uma atualização do software seja publicada em produção.

Por isso é importante analisar quão descentralizada é a governança e a infraestrutura, e quão difícil é o conluio de participantes para manipular ou alterar as informações na Blockchain (saldos e transações) para benefício próprio.

Por último, é importante entender quanta inovação está sendo criada sobre a plataforma, e o efeito de rede.

O Twitter, por exemplo, valeria literalmente zero dólar se não houvesse usuários e conteúdo por lá. Na criptomoeda que você está analisando é a mesma situação. Como é uma plataforma aperta, quanto mais inovação, e maior o efeito de rede, mais ela vale.

Quantos bilhões já foram investidos em empresas que criam soluções, como Carteiras Digitais, Exchanges, Integrações, Aplicativos de Segurança, etc.?

Quanto conteúdo educativo é criado pela comunidade? Quantos usuários já possuem a criptomoeda? Quantas transações diárias? Qual o volume?

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Quando analisamos todas essas dimensões do Bitcoin, percebemos que é a Criptomoeda (hoje está mais para um criptoativo) mais segura e descentralizada que existe. Não a toa, muitas a chamam de ouro digital.

Ela está ininterruptamente no ar desde 2009 sendo testada de todas as formas possíveis.

Pense comigo: A Blockchain do Bitcoin guarda um valor de +U$ 1 trilhão; provavelmente boa parte dos melhores hackers do mundo já tentaram burlar o sistema.

Isto, porque a comunidade optou seguir um caminho que compromete o desempenho de transações para em troca de ter uma plataforma realmente segura, anti-frágil, a prova de censura e ataques externos.

Além disso há bilhões investidos em inovações sobre a plataforma, milhões de usuários investindo e usando, desde pessoas comuns a fundos profissionais e empresas.

Outras criptomoedas que podem parecer "melhores" devido a sua natureza mais rápida, escolherem comprometer a descentralização e a segurança em troca da velocidade.

Ou seja, não há milagres, apenas trade-offs.