O texto que você está lendo neste exato momento, pelo seu smartphone, chegou até você pela Internet.
Mas você já sabe muito bem disso, certo?
A Internet está presente na maioria das atividades diárias de boa parte da população.
Afinal, quem nunca teve de ligar na central de atendimento da Internet e reclamar que ela não estava funcionando?
Oi? Não, não...
Não estou falando da empresa de Telecom responsável pela sua banda larga e pela transmissão dos dados.
Não estou falando também do serviço sobre a Internet que você usa, seja Google, Facebook, Banco Digital, Aplicativo de Namoro, Navegador.
Estou falando da INTERNET.
Ué, você nunca ligou para o 0800 da Internet?
Verdade, eu também não.
Não sei nem quem é o CEO da Internet.
Ah, verdade, não existe tal pessoa.
Provavelmente, se você não é um nerd como eu, e tem mais o que fazer da vida, nunca parou para pensar exatamente o que É a INTERNET.
Como uma tecnologia que hoje é a infraestrutura da sociedade moderna, dando suporte para milhões de transações financeiras, mensagens, fotos e vídeos por minuto, foi construída sem uma instituição por trás, nem empresa, nem Estado?
Entender a origem da Internet/Web é fundamental para entender esse novo paradigma tecnológico e social da Web3, que vai muito além de mídia.
Criando uma academia de musculação diferente
Imagine que você e seus amigos gostam de fazer musculação, no entanto, por falta de estrutura, fazem cada um em sua casa, com equipamentos e recursos improvisados.
Uma academia completa, nesta cidade fictícia, é um luxo exclusivo da elite. Acessá-las é uma tarefa praticamente impossível, pois além de caro, era necessário fazer parte de uma camada social privilegiada. Poucos conseguiam.
Mas, diante deste cenário, uma ideia surge.
Por que, ao invés de cada um criar seu próprio ambiente de exercício em casa, não unir esforços e criar uma academia compartilhando equipamentos e custos? E ao invés de ser fechada, fosse aberta a quem quisesse usar?
Brilhante!
Todos se empolgam com a ideia e começam a projetar a academia, numa extensa área abandonada da cidade. Todos os equipamentos serão fixos, pois a academia será aberta. Barras fixas, bancos, cordas fixas, alavancas.
É um paradigma totalmente novo, e diversos equipamentos precisam ser inventados do zero.
Aos poucos os primeiros são criados, e muito rápido o projeto chama a atenção dos moradores da região.
Alguns, logo iniciam seus primeiros treinos, outros, entusiastas, se oferecem para colaborar na ampliação do espaço, sugerindo novas ideias de equipamentos fixos para serem construídos.
A academia está viva e funcionando a todo vapor.
Embora a estrutura fosse básica, simples, e ainda faltassem muitos recursos, o novo paradigma inovador de aparelhos fixos mostrava-se muito melhor que improvisar um treino em casa, e até mesmo começando a competir com as academias fechadas.
Porém, aos poucos, um fenômeno começou a acontecer na academia.
Como a estrutura tinha suas limitações, como ausência de equipamentos móveis e armários seguros, alguns empreendedores enxergaram a oportunidade de oferecer serviços complementares.
Alguns ofereciam halteres, barras não fixas, colchões, disponibilizavam personal trainers, lockers para guardar equipamentos individuais, e diversas outras conveniências.
E, claro, tudo isso com um custo mensal, afinal, precisavam manter a estrutura de segurança para proteger os equipamentos não fixos, manter o custo dos funcionários e ainda lucrar. Não havia nenhuma regra que impedisse tais empreendimentos.
Lentamente, a maioria das pessoas começa a frequentar esses serviços exclusivos, que foram construídos sobre a estrutura básica aberta, ao invés de usar apenas o espaço gratuito. O serviço é muito mais completo, customizado e conveniente.
No entanto, com o passar do tempo, o que era conveniente, torna-se um problema.
Nestes espaços privados, você não tem mais a liberdade de executar os treinos que gostava (precisa seguir o padrão do local); algumas pessoas tem seus serviços cancelados por não seguirem as normas; e várias outras arbitrariedades que começam a incomodar.
Embora ainda não fosse tão excludente como as academias antigas, ainda tinha se perdido a neutralidade da academia aberta.
Você poderia voltar a usar a estrutura gratuita básica, mas lá não tem o que você precisa, não tem profissionais para te ajudar (todos estão na academia fechada), não tem também os benefícios de equipamentos não fixos.
A única saída é inovar radicalmente na estrutura da academia aberta, encontrando uma maneira de levar todas as características e conveniências destes serviços para o ambiente aberto, sem correr o risco de roubos e danos.
Web 1.0 - Academia Aberta vs Academia da Elite
Embora essa história de academia aberta criada por voluntários seja fictícia, ela é uma analogia perfeita para se compreender a origem da Internet.
Em um mundo pré-Internet, os meios de comunicação (TV, Rádio, Imprensa) eram formados por grandes conglomerados que controlavam completamente a produção e distribuição de informação.
As pessoas comuns tinham um só papel: espectadores.
Ou seja, receber a informação, notícia ou entretenimento definido por um comitê do qual você não fazia parte, e aceitar.
O ambiente das mídias tradicionais era equivalente às Academias da Elite na nossa cidade fictícia.
Havia pouquíssima oportunidade de acesso e qualquer pessoa que desejasse distribuir algum conteúdo, precisaria passar por barreiras intransponíveis.
Imagine você tentando falar por 30 minutos em um programa de TV para uma audiência de milhões. Completamente irrealista.
Ou ainda, discordando de uma reportagem veiculada no jornal mais popular do país, e tentando apresentar contrapontos. Piada, né? O máximo que você conseguiria fazer, nesta época, era discursar sua opinião para sua família durante o jantar.
O mundo das mídias analógicas é caracterizado pela centralização da produção e da distribuição dos conteúdos, em um ambiente de monopólios. Poucas dezenas de canais, de rádios e jornais.
Então a Internet surge.
Inicialmente apenas um ambiente virtual para nerds e hobbistas, mas em pouco tempo, uma avalanche que transformou completamente a sociedade.
A Internet não foi uma simples inovação tecnológica. Foi uma disrupção social.
Pela primeira vez na história da humanidade um projeto de escala global estava sendo desenvolvido de forma colaborativa pela sociedade civil.
Assim como na academia aberta, onde voluntários precisavam colaborar livremente, entrando em consenso quanto a regras, layouts, equipamentos, materiais; a Internet foi (e ainda é) construída da mesma forma. Ou seja, sua governança é descentralizada.
E essa governança é responsável por criar, manter e evoluir a infraestrutura digital da Internet.
Toda essa infraestrutura digital funciona através de protocolos também abertos (HTTP, SMTP (e-mail), TCP/IP, OpenSSL, etc.), os quais são responsáveis pela segurança e pelo fluxo das informações.
Toda vez que você clica em um botão no seu navegador, ou em um aplicativo de celular, ou transmite qualquer tipo de dados pela Internet, um pacote de informações sai do seu computador ou celular até um servidor e então recebe uma resposta.
E esses pacotes de informações, para serem corretamente interpretados por toda a rede mundial de computadores conectados à Internet, devem “conversar” seguindo os mesmos padrões (protocolos).
É como se a humanidade se unisse para criar do zero um idioma totalmente novo que fosse compreendido por todas as culturas e nações. Mas, no caso da Internet, é um idioma para computadores e softwares.
É exatamente por isso que seu celular Android comunica-se de forma transparente com um celular iPhone, que se comunica, por sua vez, com um computador Windows, que se comunica com um tablet com Linux, e assim por diante.
Diversos indivíduos e organizações, de forma livre e descentralizada, foram e ainda são responsáveis por criar e dar manutenção aos diversos protocolos que formam, como um lego gigante, toda a Internet que você usa diariamente.
E graças a essa estrutura social e tecnológica, assim como na academia aberta, qualquer pessoa pode iniciar seus projetos aproveitando toda a plataforma que faz a rede de computadores se comunicar.
Se você tiver as skills e os recursos, a qualquer momento você pode criar um aplicativo (como um navegador) ou até mesmo um novo sistema operacional capaz de se comunicar com toda a Internet.
E tudo isso, sem pedir permissão a ninguém.
E é exatamente por esta natureza aberta, neutra e com baixíssima barreira de entrada, que vemos bilhões de soluções na Internet.
Muito diferente de uma plataforma de TV (ou academia exclusiva da elite), por exemplo, onde a comunicação é fundamentalmente fechada e você, para obter um canal, precisaria da permissão de algum burocrata ou de algum magnata dono de TV que aceitasse publicar seu conteúdo; ou pagar milhões para anunciar por alguns segundos.
Mas, assim como na academia aberta, os padrões da Internet não foram suficientes para atender as demandas que estavam surgindo: melhor experiência de uso; armazenamento de dados com segurança; e maior velocidade, praticidade e conveniência.
Estava dada a largada para a próxima fase da Internet.
Web 2.0 - Academias Fechadas na Estrutura Aberta
Embora a estrutura básica de comunicação e segurança da Internet estivesse bem estabelecida, e ainda em contínuo desenvolvimento; recursos financeiros, de e-commerce e de redes sociais eram inexistentes no protocolo.
Além disso, não existia um ambiente aberto para armazenamento e segurança de dados. Ou seja, cada serviço precisava criar seu próprio banco de dados e garantir a segurança (o que é muito difícil, visto os diversos vazamentos de dados que vemos recorrentemente).
Com isso, diversas empresas, oferecendo tais serviços, começaram a surgir: plataformas de social media (facebook e twitter), e-commerces (amazon, apple store, google) e finanças (bancos digitais).
O que era um ambiente aberto e neutro, tornou-se pequenas ilhas fechadas e proprietárias (construídas sobre o ambiente aberto da Internet/Web).
Você ainda podia subir (hospedar) um site na internet aberta, livremente, para postar seus vídeos e textos, vender seus produtos e conversar com seus amigos.
Mas você não teria o poder do efeito de rede, de algoritmos e da segurança que essas plataformas privadas oferecem.
No entanto, apesar do valor estratosférico que essas plataformas geram (inclusão econômica, financeira, política e social, de diversos setores marginalizados da sociedade que antes dependiam apenas das inacessíveis Mídias Analógicas), é evidente que tais plataformas fechadas acumularam muito poder econômico e político, o que não é saudável.
Diferente dos serviços de academia, onde, no exemplo, cobrava-se mensalidade, os serviços de Internet são gratuitos para os usuários, pois utilizam seus dados para vender anúncios segmentados para empresas.
E, até hoje, a linha que separa uma simples coleta de dados de extrema vigilância, é muito tênue e frágil no longo prazo. Não é um modelo de negócios sustentável nem estável.
Não é um ambiente aberto muito menos neutro. Assim como os serviços de academia privados.
Diversos serviços construídos sobre essas plataformas, como a Zynga (Farmville) no Facebook, e o Meerkat no Twitter, tiveram seus negócios comprometidos da noite para o dia devido a mudanças abruptas e antiéticas em suas APIs, geralmente motivadas por conflito de interesses.
Por exemplo, quando o Twitter limitou radicalmente suas APIS, usadas pelo ascendente Meerkat (plataforma de live streaming), pois havia comprado o concorrente Periscope.
É a mesma coisa que um shopping center abrir seu espaço para um novo empreendimento, e meses depois abrir um concorrente e criar regras absurdas para o primeiro negócio, inviabilizando sua operação no local.
Criar um negócio sobre uma plataforma fechada, ou seja, sobre um terreno alugado, nunca é uma boa ideia. Você estará sempre à mercê dos stakeholders da plataforma, sempre vulnerável. Extamente por isso um ambiente neutro, como o da Internet, é importante para um ecossistema inovador florescer.
Eu, particularmente, não vejo essa fase Web 2 com maus olhos. Acho que foi um processo natural de maturação, com diversos benefícios para os usuários, mas que revelou-se problemático e insustentável no longo prazo.
Viralização de fake news, algoritmos reforçando vieses e bolhas, censura (até com o presidente dos EUA), otimização de uso que gera vício, conflito de interesses com desenvolvedores de apps, etc., são problemas que estão cada vez mais se agravando.
E assim como na academia, uma nova fase da Internet é necessária: com um ambiente aberto, neutro e descentralizado com as mesmas funcionalidades, recursos e conveniências que os serviços fechados.
A evolução da Internet - Web 3.0
Assim como na academia aberta, a Internet aberta precisava evoluir e agregar aos seus protocolos originais os recursos de Redes Sociais, E-commerce, Banco Digital, etc.
Precisávamos de um solução tecnológica que devolvesse o poder aos usuários, através de uma estrutura aberta e neutra, ou seja, que não dependesse de uma entidade centralizada fazendo custódia e controlando todas as regras.
Foi então que surgiu a inovação do Bitcoin.
A arquitetura tecno-social inventada por Satoshi Nakamoto permitiu que os usuários pudessem armazenar e transacionar valor (bitcoins) através de uma infraestrutura mantida por regras abertas e uma rede descentralizada de computadores, comumente chamada de Blockchain.
Imagine uma planilha global com registros de valores para todos os usuários do mundo mantida e segurada por uma rede de computadores. Uma espécie de cartório digital global que ao invés de depender de humanos checando identidades e assinaturas, usa criptografia.
Ou seja, pela primeira vez na história da humanidade havia-se criado o conceito de Propriedade Digital Inconfiscável.
Com Bitcoin, você tem posse de um ativo digital que não precisa estar sob custódia de uma entidade privada ou governamental.
E uma vez que a tecnologia do Bitcoin foi provando-se extremamente eficaz e segura na arte de garantir a incorruptibilidade dos dados (bitcoins) de seus usuários, essa mesma ideia começou a ser replicada para outras finalidades além da financeira, com plataformas como o Ethereum.
E essa onda de inovação inaugurou o que chamamos hoje de Web 3:
Uma Internet com padrões abertos não só de comunicação, mas também de armazenamento de dados. Uma internet que permite aos seus usuários ter posse e total controle de seus ativos e dados digitais.
Se na Web 2 as empresas (Facebook, Google, Amazon, etc.) eram responsáveis por guardar nossas informações (contatos, posts, login e senha, históricos, etc), na Web3 nós temos o controle.
Além disso, ao invés de uma gestão centralizada, toda a criação e manutenção dessas soluções também são feitas de forma descentralizada e opensource (código aberto), exatamente como a criação dos protocolos de Internet (Web 1), com governança descentralizada, aberta e transparente.
Não há um comitê ou um board decidindo as futuras funcionalidades.
A evolução da tecnologia é feita através de um complexo processo de deliberação e consenso (rough consensus) aberto e transparente a todos os membros da rede, tornando a plataforma extremamente neutra, o que possibilita inovação e desenvolvimento de soluções sobre ela, sem risco de mudanças abritrárias nas regras.
Se na Web 2 um desenvolvedor precisava confiar no Facebook para criar uma aplicação sobre a rede social, o que, como explicado no tópico anterior não costumava acabar bem, na Web 3 o desenvolvedor pode criar soluções sem medo de ser banido ou de ter mudanças drásticas nas regras.
Assim como o Gmail não tem medo de o protocolo aberto de email da Internet (STMP) mudar, as aplicações sobre Bitcoin e outras plataformas Web 3 descentralizadas não se preocupam com mudanças drásticas na infraestrutura.
Analisando uma aplicação prática
Talvez todos esses conceitos estejam um pouco abstratos em sua mente. Então vamos analisar uma aplicação prática e sua evolução.
Desde o início da Internet, um de seus principais usos foi criação de comunidades e compartilhamento de conteúdos.
Na Web 1 os recursos ainda eram escassos. Basicamente você precisava configurar e hospedar um website ou blog e publicar seus conteúdos. Para compartilhar com sua comunidade, podia-se criar listas de e-mails e disparar suas publicações para os interessados. Havia também alguns fóruns especializados onde aconteciam as interações.
Embora as ferramentas fossem relativamente limitadas, tudo ainda funcionava sobre ambientes neutros e abertos. Ninguém iria mudar o protocolo HTTP e remover arbitrariamente seu site da Web. Ninguém poderia te censurar de enviar emails. Você tinha posse total do seu conteúdo e dos seus contatos.
No entanto não havia rede social (no sentido original da palavra). Não havia um ambiente otimizado para se compartilhar conteúdos com timelines algoritmicas te sugerindo os melhores conteúdos da sua rede.
E então surgiram as plataformas de Social Media, dominadas futuramente pelo Facebook, inaugurando a Web 2.
Essas plataformas ofereceram recursos altamente convenientes para os usuários. Você não precisava configurar um site do zero (já recebe seu perfil/loja/canal/etc. pronto); tinha acesso a grupos, a filtros e busca ágil de contatos; ferramentas de criação de conteúdo; e diversos outros recursos.
Se de um lado ganhamos facilidade e conveniência, de outro, perdemos liberdade, autonomia e controle total sobre nossos dados.
E agora, com o início da Web 3, como serão as Comunidades Sociais?
Mesmo ainda estando nos primeiros anos desse novo paradigma, já podemos ter um vislumbre de como a aplicação de Comunidades e Mídia se dará. E as premissas são radicalmente diferentes.
Na Web 2 os grupos e seus requisitos precediam os participantes, ou seja, criava-se a comunidade e então convocava-se e selecionava-se os membros que atendiam a tais requisitos.
Você criava um grupo no Facebook sobre Design Gráfico e pessoas interessadas no assunto faziam parte.
O único vínculo de Design Gráfico com seus membros era o vínculo “físico” de se estar dentro do grupo.
Se você, administrador, deletasse o grupo, ou o próprio Facebook por algum motivo removesse a comunidade do ar, o vínculo se perdia.
Na Web 3, com as plataformas sobre Blockchain, o jogo se inverteu.
Um usuário pode comprar um social token ou um NFT (que nada mais são que ativos digitais em uma blockchain (como um bitcoin)), e este ativo representar seu interesse em alguma comunidade.
Por exemplo, você pode comprar uma arte digital (na forma de NFT) de seu artista preferido e guardá-lo em sua carteira digital.
Futuramente seu artista pode usar plataformas de comunidade que permitam a entrada apenas de usuários que possuam o token da artista.
Caso essa plataforma censure os membros, toda a comunidade pode migrar para outra ferramenta, pois o token que os unem pertencem aos usuários.
Essa frase é tão importante que vou repeti-la e destacá-la.
O token que une os membros de uma comunidade pertencem aos usuários e não uma plataforma centralizada.
Além disso, os dados e conteúdos gerados pela comunidades também podem ser migrados para outras plataformas, pois todos são gravados onchain (em uma Blockchain), que é um ambiente neutro sob total controle do usuário.
E isso é poderoso demais. É uma mudança de paradigma profunda e radical.
Qual o tamanho da Web 3 até o momento?
Embora estes conceitos não estejam presentes no seu ambiente comum de leitura e notícias, e tudo pareça muito distante da realidade, o mercado de plataformas Web 3 já beira os U$ 3 trilhões de valor de mercado e está atingindo escalas estratosféricas:
A segunda maior blockchain aberta, logo após o Bitcoin, é a Ethereum. Sobre ela estão sendo criadas as plataformas descentralizadas cunhadas como DeFi (Decentralized Finance), com as quais você consegue pegar dinheiro emprestado, emprestar, comprar ativos, e contratar diversos serviços financeiros sem precisar de um banco convencional, sem intermediários.
O volume de transações de NFTs, apenas em outubro de 2021, superou os U$ 15 bilhões.
As redes Bitcoin e Ethereum foram usadas para transacionar o equivalente a mais de U$ 1 trilhão em 2020, valor superior que o transacionado no PayPal.
As stablecoins, criptomoedas criadas também sobre a plataforma Ethereum, já somam bilhões de volume a cada 24h.
O site coinmarketcap.com ocupa uma posição superior no ranking Alexa (assistente AI da Amazon) que o site do WallStreetJournal.
Mais de 5 bilhões de dólares já foram investidos em startups relacionadas a Bitcoin e Blockchain.
A Web 3 definitivamente é o futuro da Internet.
Ela irá transformar radicalmente modelos de negócios digitais e até mesmo a governança de cidades e financiamento público.
E embora já tenha alcançado uma escala grande, as tecnologias Web 3 ainda está em estágio totalmente embrionário.
Se você está lendo este artigo em 2021, com certeza está muito adiantado.
Continue acompanhando a Pedoispe que novos artigos esmiuçando essa nova fase da Internet surgirão.
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