Milhões de pessoas espalhadas pelo mundo fazem parte do banco digital mais inovador e valioso da história: o Bitcoin.
Seja ajudando a construí-lo, a manter sua infraestrutura funcionando, educando os novos participantes ou agregando inovações.
E, diferente dos banco convencionais, caso você decida tornar-se cliente deste banco criando uma “conta” e adquirindo sua moeda nativa, você instantaneamente e automaticamente torna-se sócio, pois adquire um ativo que valorizará com o tempo caso o banco continue prosperando.
Neste banco trabalho e capital se misturam e são totalmente transparentes.
E esta estrutura não existe por acaso. Tais regras estão, desde o lançamento, no Design do sistema.
Não há política estatal. Não há camada legal. Nem regulação impondo tais características.
Tudo foi projetado e implementado voluntariamente para resolver as injustiças intrínsecas ao sistema financeiro tradicional vigente há séculos.
Hoje é uma infraestrutura tão sólida e robusta, que opera 24/7 e movimenta o equivalente a dezenas de bilhões de U$ por dia.
Uma poderosa inovação social
Embora a tecnologia seja uma obra prima, a maior inovação neste fenômeno é algo muito mais sutil.
Algo que passa despercebido pela maioria dos economistas mainstream, jornalistas, políticos, sociólogos, e qualquer especialista apegado ao status quo e com mentalidade analógica.
Algo com tanto poder que irá transformar toda a sociedade do planeta nas próximas décadas.
Esta descoberta tão inovadora não tem nome, CNPJ, escritório, patente, não está escrito em códigos, contratos, livros ou gravada em seminários.
Ainda assim, sussurra incomodamente no ouvido de toda a estrutura de poder atual.
A inovação mais impactante adjacente ao Bitcoin não é um produto, não é um software, não é uma fórmula ou uma lei.
É uma simples ideia:
A sociedade, com o surgimento da Internet, pode se organizar em rede, de forma global, através de instituições digitais transparentes, voluntárias, à prova de corrupção e com regras programadas.
E, como disse Einstein, uma mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original. Seja para indivíduos, seja para sociedades.
Não há mais volta.
A sociedade cruzou uma linha a qual não é possível retornar mais. Instituições baseadas no monopólio da violência não serão mais toleradas. A única variável aqui é: quanto tempo levará esta transição?
Transição para um novo paradigma social
A ideia é tão nova e disruptiva que nem mesmo nosso vocabulário está preparado para ela, o que torna a comunicação geralmente complicada.
É uma empresa? Onde estão os funcionários? É Capitalismo? Mas não existe propriedade privada. É Socialismo? Mas não há Estado. Bitcoin é um ativo? É uma moeda? Tem valor intrínseco? O que é Valor? Qual a jurisdição? Onde se recolhe impostos?
É um dispositivo wireless tentando se conectar numa rede que só aceita cabos. Impossível.
E este novo paradigma social torna-se explícito de diversas maneiras.
Seja nos mecanismos de consenso e colaboração remota e de larga escala para construir soluções complexas.
Na capacidade de criar soluções à prova de corrupção e mantê-las funcionando 24/7 por mais de uma década, até o momento.
Ou ainda, na dinâmica de financiamento coletivo descentralizada que mantém sustentável toda a operação de projetos em rede, seja o Bitcoin ou qualquer outro.
Uma nova forma de narrativa
É a primeira vez na história que a narrativa que conduzirá a humanidade não será baseada em mitos, contos, deuses, retórica política, bordões marketeiros, ou no storytelling de líderes carismáticos.
É uma narrativa criada na forma de matemática, criptografia e algoritmos.
Assim como nossa biologia está escrita em códigos na forma de DNA, e boa parte modela nosso comportamento e aparência, nossas instituições também serão consolidadas em texto, em códigos incorruptíveis, e constituirá a base da nossa sociedade.
As novas instituições, mais compatíveis com a era digital, já estão por aí, cada dia mais robustas, maduras e completas. E o principal, as pessoas que estão criando-as, também estão melhorando sua capacidade de cooperar, desenvolver e testar tais instituições.
Enquanto isso, a maior parte da população (civil, imprensa, academia) ainda se agarra ao status quo. Seja por ideologia ou, mais provavelmente, por simples desconhecimento.
Engaja-se em políticas da idade média, recicla soluções do século 20, educa como na revolução industrial.
Inclusive muitos que se dizem progressistas, deixam-se levar por narrativas demagógicas de defensores de ditaduras (seja esquerda ou direita), em pleno 2020.
Discutir política cada vez mais será papel de engenheiros da computação, de tecnólogos e profissionais de humanas fluentes em tecnologia, sistemas complexos e mundo digital.
Não entender como um software funciona irá te deixar preso ao século passado, te impedindo de contribuir com a construção do futuro.
Diga adeus a era das campanhas políticas, do discurso vazio, das licitações em caixas-preta, dos fundões, e seja bem-vindo ao século da instituição programada em bytes, incorruptível, aberta e autônoma.