Ditadura Digital
Imagine um país onde cada km2 de terra pertencesse a um ditador.
Onde todos os terrenos estivessem contidos em uma grande área cujo dono tem total controle sobre as regras que a regem. Onde da noite para o dia ele pudesse arbitrariamente e legitimamente desapropriar seu terreno, te expulsar da cidade ou simplesmente mudar as regras do jogo, como novas taxações.
Você gostaria de viver em tal país?
Provavelmente não.
No entanto, no mundo digital vivemos uma situação similar a essa, onde nossos bens mais valiosos estão sob total controle de entidades as quais temos pouca ou nenhuma influência.
São plataformas como bancos, redes sociais, meios de pagamentos, clouds, marketplaces e instituições governamentais as quais têm a possibilidade de bloquear ou censurar seus bens digitais de forma arbitrária e unilateral.
Uma decisão de um político ou executivo e você da noite para o dia estará excluído do mundo digital.
Em um mundo de constante corrupção, conflitos políticos, guerras de narrativas, fake news, formação de monopólios; ficarmos expostos a tamanha assimetria de poder com certeza não é a melhor alternativa para o futuro da Internet.
E essa situação alcançou tamanha proporção não pela ambição maquiavélica de poder dos líderes (como nas ditaduras), mas sim por uma simples deficiência tecnológica.
Não havia uma solução técnica para garantir a propriedade digital de forma neutra e democrática ao usuários.
Desde o início da Internet, nossos dados, como lista de seguidores, arquivos, conteúdos e dinheiro, foram armazenados em infraestruturas privadas de empresas e instituições.
Assista ao vídeo explicativo aqui.
Nessa estrutura, tanto os dados quanto as credenciais estavam armazenadas sob gestão e controle da empresa ou instituição privada.
Com a inovação inaugurada pelo Bitcoin, as Blockchains - que deram início à indústria a qual hoje chamamos de Web3 -, essa balança de poder mudou radicalmente.
Seus dados mais valiosos agora podem ser armazenados em uma infraestrutura pública e neutra gerida democraticamente em rede.
E ao invés das suas chaves de acesso estarem sob gestão de numa entidade privada, você próprio pode fazer a custódia dessas credenciais de autenticação.
Ou seja, o usuário tem total poder e controle sobre seus ativos digitais, tornando-os inconfiscáveis e incensuráveis.
Portanto, estamos migrando de um ambiente digital gerido por corporações e instituições políticas centralizadas, que controlavam o acesso dos usuários as seus bens mais valiosos; para um ambiente aberto, neutro e de gestão democrática, onde o usuário tem posse e controle de todos os seus ativos digitais.
Com a Web3 a chave de acesso para seus ativos mais valiosos está sob sua custódia e controle.
E isso está transformando radicalmente a sociedade para sempre.
Dúvidas? O papo mais profundo continua sempre no nosso grupo do Telegram.