De tempos em tempos vemos novos portais do conhecimento humano se abrirem e mudarem completamente nossa percepção de realidade.
Houve um dia em que o universo microscópico era um total mistério.
Trilhões e trilhões de seres invisíveis influenciando diretamente nossas vidas, de vírus a bactérias, de fungos a elétrons e DNAs, que até então desconhecíamos.
Os cientistas mais visionários mesmo sem enxergá-los já deduziam sua existência, mas foi apenas após a invenção do microscópio que pudemos explorar a fundo este universo, impactando profundamente cada setor da sociedade nas décadas seguintes.
Do outro lado do espectro também passamos pelo mesmo processo.
O universo macroscópico era totalmente desconhecido.
Galáxias, universos e estrelas eram uma realidade distante da humanidade. Mas a ciência e a tecnologia também ajudaram a explorar essa fronteira.
Telescópios, foguetes e muita fórmula matemática abriram um novo portal de conhecimento humano que são explorados até hoje, e longe de dominarmos por completo, mas que nos trouxe uma outra percepção de grandeza e do que significa a vida humana.
Mas não paramos por aí.
No final do século passado abrimos um novo portal.
Descobrimos uma nova fronteira a ser explorada.
O mundo digital. Os bytes e bits.
Diferente dos outros exemplos, esta é uma fronteira tecnológica, ou seja, criada pelo próprio ser humano, mas que esconde em si um universo tão complexo e extenso quanto o micro e o macro.
Da mesma forma que nosso cérebro não consegue sequer computar o tamanho do universo, ou mensurar a quantidade de seres microscópicos ao nosso redor, o mundo digital também tem escala estratosférica, muita além da nossa capacidade de entendimento.
São bilhões e bilhões de bytes sendo criados por minutos.
Fotos, vídeos, transações financeiras, conversas, códigos de softwares, livros, áudios e uma variedade inimaginável de mídias.
E quanto mais evoluímos na exploração deste universo, mais descobrimos possibilidades poderosas, como as inteligências artificiais que produzem textos e vídeos profissionais e criativos, e as Blockchains que geram e controlam moedas para uso financeiro global.
A fronteira digital foi recém descoberta e a exploração ainda está no seu início.
Se os primeiros anos dessa viagem já lhe deixou surpreso ou assustado, o melhor a se fazer é habituar-se com os bytes ao seu redor e abraçar esta nova realidade que não deixará de existir nem de evoluir pelos próximos séculos.